A criança negra enquanto continuidade de um legado ancestral

15 de julho de 2025
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Não devemos permitir que os caçadores contem a nossa história. Ao acessar o nosso conhecimento patrimonial na escola, em casa ou em qualquer outro espaço educativo comprometido com a nossa existência, a criança negra experimenta viver a continuidade de um legado ancestral africano na diáspora.
Não é apenas sobre aprender sobre Abdias do Nascimentos, Carolina de Jesus, Zumbi do Palmares, Zeferina, Dandara, Kemet ou sobre comunidades tradicionais africanas como algo estanque , localizado no passado ou distante de si, mas é sobre entender que a sua existência aqui neste mundo está ligada a essas pessoas e culturas.
Existe um elo afetivo, histórico e espiritual que liga as crianças negras ao seu passado e, ao se entender enquanto continuidade desse elo, a criança vai adquirindo a consciência de que ela faz parte de tudo isso.
Cabe a nós, professoras/es, família e comunidade possibilitarmos que as crianças aprendam a nossa a história, valores e princípios e preservem a sua continuidade, tendo elementos da cosmovisão africana (e afro-diaspórica) mediando o seu desenvolvimento físico, mental e espiritual.

Referências: The Afrocentric Praxis of Theaching for freedom, Joyce King e Ellen E Swartz

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